Lagos de anil, poentes de carmim,
Pomares que rescendem no calor,
Manadas branco e pretas sem ter fim,
Colinas prenhes de pão e de amor.
Vinhal fecundo, imenso jardim,
Por ti eu rendo graças ao Senhor,
Por tudo que me deu e sinto em mim,
Por tudo que contemplo ao meu redor.
E se algum ignorante ou esquecido
Tentar cobrir no fundo do olvido
Teus sorrisos e graças, tuas cores,
Lembrarei que do mar no outro lado,
Doutro jardim à beira-mar plantado
É que vieram muitas destas flores.
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